Uma sessão de cinema pode ser muito mais do que entretenimento. No dia 21 de fevereiro, os pacientes idosos internados no Hospital Imesa, da Hapvida NotreDame Intermédica, em Varginha, no Sul de Minas Gerais, terão a oportunidade de vivenciar um momento especial de acolhimento e reflexão. Como parte da campanha Fevereiro Roxo, que busca conscientizar sobre doenças crônicas e degenerativas, como Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, o hospital exibirá o emocionante curta-metragem brasileiro “NAPO – Uma História sobre Memórias”.
Dirigido por Gustavo Ribeiro, o filme é uma animação sensível e poética que aborda os desafios do Alzheimer e acompanha a história de um avô que, devido ao agravamento da doença, perde as memórias de sua vida, incluindo a relação com seu neto. A narrativa mostra como o afeto e a criatividade podem ajudar a fortalecer os laços familiares e resgatar momentos importantes, mesmo diante das dificuldades causadas pela doença.
Essa iniciativa faz parte do CinePipoca, ação integrada ao programa “Apaixonados pela Vida”, que tem como objetivo proporcionar momentos de acolhimento e bem-estar aos pacientes e seus familiares, além de ressignificar a experiência da internação.
Conscientização sobre o Alzheimer – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer. No Brasil, 2,71 milhões de brasileiros convivem com a demência, e até 2050, a projeção é de que esse número chegue a 5,6 milhões, conforme o Relatório Nacional sobre Demência, divulgado pelo Ministério da Saúde.
O crescimento desses números reforça a necessidade de discutir os fatores de risco e de buscar a prevenção. Segundo o neurologista da Hapvida, Drusus Pérez Marques, o envelhecimento, o histórico familiar e a presença de doenças como hipertensão e diabetes são fatores que aumentam as chances de desenvolvimento da doença.
“Cerca de 10% dos idosos sofrem com perda de memória – em 50% dos casos, é decorrência do Alzheimer. Mais comum em pessoas acima de 70 anos e naquelas pessoas que têm pais com o problema, a doença causa falhas na memória, dificuldade na comunicação, alterações no raciocínio, mudanças de humor, confusão e desorientação. Por isso, é recomendada a investigação do quadro logo nos primeiros indícios”, alerta o especialista.
O diagnóstico precoce e o acompanhamento médico contínuo são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias, fornecendo a segurança necessária para um tratamento eficaz. “Da mesma forma, estratégias complementares, como o apoio psicológico e o cuidado familiar, podem fazer toda a diferença nesse processo”, pontua dr Drusus.
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